09/01/18

sem rima nem razão

Tenho feito muitas coisas, ou antes, poucas coisas que parecem muitas para mim. Ontem, por exemplo, desenhei uma catedral numa agenda vermelha (um dos melhores livros vermelhos desde Mao), e não ficou mal porque poderia ter ficado pior.


Li, outro exemplo, um pouco d'O Vermelho e o Negro, um livro que já discuti tanto e com tanta propriedade que quase parece que o estou a reler. Às vezes falo sobre um livro no café e só quando chego a casa é que me lembro que não o li. Acontece.

Passei, mais outro exemplo,  os olhos pela imprensa americana; a propósito de um artigo sobre sensitivity readers, lembrei-me de uma frase encantadora de Joseph de Maistre: ”(…) il ne peut y avoir dans l´univers rien de plus calme, de plus circonspect, de plus humain par nature que le tribunal de l´Inquisition.”. 

Enfim, conseguem ver que levo uma vida exemplar, ou, pelo menos, cheia de exemplos.

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