A este livro poder-se-ia chamar pré-pós-moderno, que é uma maneira enviesada de responder à ânsia classificadora quando se está com pressa. Não é grave, perde-se em exactidão mas ganha-se em organização; as novidades em literatura são como as patentes: um processo burocrático que dispensa inventiva, basta um nome. Nada pode ser pré ou pós, mas enfim.
Há aqui muita ironia, intermezzi filosóficos, reflexões sobre a arte do romance, da natureza da virtude, piadas de rodapé, etc. Há também imaginativos exemplos de virtude (em linguagem poética) e credíveis exemplos de mesquinhez (em linguagem castiça). E conclui-se que fumar faz mal à saúde.
Dou-lhe 5 estrelas.
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