13/11/18

Pharsalia - Marcus Annaeus Lucanus

Great things destroy themselves: such is the limit the gods place on all success.

A palavra epic antecede frequentemente a palavra fail. As quedas de pessoas com má coordenação motora, a má música e as campanhas publicitárias são as coisas mais épicas que existem. Aristeia é coisa do passado distante e à aretê dissemos adieu nos anos 60. Não sei se isto é grave, nem sei se é verdade (em 1990, Walcott escreveu Omeros).

Umas das vantagens de ler cronologicamente este género de poesia tão anacrónico é poder associar versos felizes a palavras, conceitos e acontecimentos históricos tão familiares, mas tão difíceis de memorizar: Erínias, Rubicão, o cerco de Brindisi, etc.

Pharsalia é um poema sobre a guerra civil entre Júlio César e a facção liderada por Pompeu Magno. Spoiler: César ganhou. Está aqui uma coisa de apetite para quem gosta de meteorologia (sabe-se sempre de que lado sopra o vento) e para quem aprecia astronomia especulativa (não que eu saiba a diferença). Para os aficionados de feitos de guerra varonis também não está mal: há olhos arrancados, suicídios de grupo e todas as virtuosas bravatas do género. A guerra é coisa que aleija, conclui Lucano, especialmente quando César ganha.

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